segunda-feira, 5 de agosto de 2019

História de Pernambuco Brasil


sábado, 12 de dezembro de 2015

Pernambuco: revoluções e perdas territoriais

"A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem: a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las"


Santo Agostinho

O território é mais do que uma simples divisão administrativa. Na análise do território, os aspectos geológicos, geomorfológicos, hidrográficos e recursos naturais ficam em segundo plano, visto que sua abordagem privilegia as relações de poder estabelecidas no espaço. Sendo assim, através de relações de poder, são criadas fronteiras entre países, regiões, estados, municípios, bairros e até mesmo áreas de influência de um determinado grupo.

Pernambuco parece pequeno comparado a vários estados do Brasil. Todavia,  já foi bem maior, em território e em área de influência. A capitania, em seu auge territorial, abrangia os atuais estados federativos de Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e a porção oeste do atual estado da Bahia, área até então conhecida como Comarca do São Francisco.

Entre 1630 e 1654, a então capitania tinha sido governada pelos holandeses. Os invasores foram expulsos pelos pernambucanos, que, em vez de proclamar independência, optaram por voltar a ser colônia de Portugal. Ao fazer isso, eles se sentiram bastante autônomos.

A Batalha dos Guararapes - Com a insurreição pernambucana 
os invasores holandeses foram expulsos do Brasil
Os comerciantes estrangeiros que aportavam no Recife traziam um bocado de novas idéias. E algumas delas não combinavam em nada com a situação colonial: como os princípios de liberdade e igualdade que haviam inspirado a independência americana, em 1776, e a Revolução Francesa, em 1789.

Quando esses ideais se juntaram à indignação diante dos impostos, o caldeirão revolucionário começou a ferver.Entre 1817 e 1824, a província se manteve em estado de rebeldia constante, tornando-se uma pedra no sapato do rei português Dom João VI e, depois, do imperador brasileiro Dom Pedro I.

Revolução de 1817 - vitral do Palácio
 do Campo das Princesas
Em 1817, os pernambucanos ingressam no clima da Revolução Francesa, na Independência dos Estados Unidos e nas lutas pela emancipação da América Hispânica. A corte portuguesa estava estabelecida no Brasil, no Rio de Janeiro, e limita os poderes das províncias.

No mesmo ano a Revolução Pernambucana se iniciou, e durou 70 dias. A punição do Príncipe Regente D. João  aos revoltosos incluiu perdas de território da província. Pernambuco perdeu toda a área conhecida como Comarca de Alagoas. O decreto foi assinado em 16 de setembro de 1817.

Em março de 1824, D. Pedro I dissolve a Assembléia Constituinte e outorga a Constituição. As elites de Pernambuco contestam a legitimidade do ato. E em 2 de julho de 1824, os revoltosos  proclamaram a independência da província de Pernambuco, que convidou outras províncias para que se unissem a mesma e formassem a Confederação do Equador.  O país seria formado pelas províncias do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Paraíba e Pernambuco. Não dura muito e, em setembro de 1824, a revolta é sufocada.
 
Confederação do Equador 1824 - Exército imperial


Pernambuco perde o território da Comarca do São Francisco, como punição ao desencadeamento do movimento separatista. D. Pedro I anexou o território provisoriamente a Minas Gerais e, em 1827, ao estado da Bahia. 

A tradição republicana de Pernambuco lhe trouxe perdas territoriais.  Todavia, as revoluções protagonizadas pelos pernambucanos, de fato,  anunciaram percepções essenciais num processo de independência de colônias: o antagonismo entre colonizados e colonizadores. 

Hoje, o estado de Pernambuco, possui uma área de 98.312 km² e faz limite com a Paraíba, Ceará, Alagoas, Bahia e Piauí. e tem como parte de seu território o arquipélago de Fernando de Noronha, a 545 km da costa.

4 comentários:

Regina Bolico disse...
Oi Alexandre! Sou professora de Geografia do ensino médio em Cruz Alta/RS e sou blogueira desde 2008. Tenho quatro blogs (professores não tem mais o que fazer...rsrsrs) e gosto muito de acompanhar o teu blog pelo conteúdo excelente e diferente dos outros blogs de Geografia. Gostei muito desse post, foi muito informativo, muito didático, me motivou a buscar mais informações a respeito de Pernambuco. Um abraço!
Meus blogs:
Ambiente de Luz (ambiental) - 2008
Regininha-Atividades Escolares(ensino fundamental/médio)- 2012
Amor aos animais -2008
Receitas veganas testadas - 2015
Anônimo disse...
Boa tarde. Depois de ter lido os livros do Laurentino Gomes, fiquei entusiasmado com a história de Pernambuco. Você conseguiu recontar de forma sucinta e clara a perda territorial que sofremos. Parabéns!!!
Unknown disse...
Tirei minhas dúvidas aprendi um pouco mais sobre o estado sou pernambucano amante de Histórias e geografia
Anônimo disse...
Agora entendi pq seu povo tem tanta reixa com os baianos
forçam uma rivalidade que por aqui é inexistente

terça-feira, 9 de julho de 2019

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terça-feira, 14 de maio de 2019

Estudo

O ministério cristão e a sua multiplicidade (1Co 12.5)

Quando pensamos na multiplicidade do ministério cristão, precisamos ressaltar dois aspectos importantes: 1) o corpo de Cristo é um só (unidade); 2) o corpo de Cristo abriga internamente uma multiplicidade de membros e funções (diversidade). Assim, a igreja de Cristo convive permanentemente na tensão entre manter a unidade sem prejudicar a diversidade e vice-versa. Então falar da multiplicidade de membros é falar da multiplicidade de ministérios, funções e papéis dentro da igreja e, portanto, da diversidade de dons outorgados pelo Espírito Santo para a edificação mútua do corpo de Cristo (Rm 12.4,5).
Neste estudo, procuraremos expor aquilo que fundamenta a multiplicidade do ministério cristão, ou seja, a diversidade dos dons espirituais e sua relevância para a vida da igreja hoje.

O DOM DO ESPÍRITO

A fim de entendermos a questão dos dons espirituais a partir da perspectiva bíblica, precisaremos fazer uma distinção necessária entre o "dom do Espírito" e "dons do Espírito”:
Nos Evangelhos encontraremos a referência ao fato de que, antes do Pentecostes, o Espírito Santo, embora estivesse atuando desde o Antigo Testamento, ainda não havia sido dado de forma definitiva ao povo de Deus (Jo 7.37-39). No próprio Evangelho de João encontramos afirmações mais completas quanto ao futuro recebimento do Espírito Santo por parte dos crentes. Em João 14.16, Jesus anuncia sua partida dentro em breve, afirmando que não deixaria os discípulos órfãos e que o Consolador, o Espírito que habitava com os discípulos, estaria com eles para sempre. Este recebimento do Espírito foi concretizado na vida da igreja a partir da experiência do Pentecostes (At 2). Nesta passagem, Pedro se refere ao recebimento do Espírito como o "dom do Espírito" (At 2.38).Este mesmo "dom”, segundo Pedro, era uma promessa não só para aquelas pessoas, mas para todos os que o Senhor ainda haveria de chamar (v.39). Portanto, há uma estreita ligação entre o dom do Espírito e os dons espirituais. Quando falamos a respeito dos dons espirituais, estamos nos referindo a um dos muitos aspectos da obra do Espírito Santo: o convencimento do pecador antes da conversão (Jo16.7-11), a regeneração ou novo nascimento (Jo3.3-5; Tt 3.5), o selo do Espírito como garantia eterna (Ef 1.13; 4.30), o batismo no Espírito Santo (lCo 12.13), a habitação do Espírito (Rm 8.9) e o enchimento ou plenitude do Espírito(Ef 5.18). Assim, a chegada do Espírito de Deus à nossa vida é o "dom do Espírito”: Este "dom" do Espírito é que possibilita o recebimento dos "dons” para a obra do ministério.

OS DONS DO ESPÍRITO APONTAM PARA A MULTIPLICIDADE DE
MINISTÉRIOS

Há várias palavras gregas no NT usadas como referência aos dons espirituais. O uso mais comum é a tradução do grego charismata, que tem o sentido de "mostrar favor, dar gratuitamente" e que está relacionado ao substantivo charis (graça). O NT apresenta quatro listas de dons: Romanos 12.3-8; 1Coríntios 12; Efésios 4.7-12 e 1Pedro
4.10,11. Formulando, portanto, uma definição geral, podemos dizer que:
"Dons espirituais são capacitações específicas, unicamente possíveis pela graça de Deus e concedidas soberanamente pelo Espírito Santo aos cristãos, para a edificação e crescimento do corpo de Cristo”: Na verdade, é o apóstolo Paulo quem mais discorre sobre a questão dos dons espirituais e, numa maneira mais extensa e específica, na sua
primeira carta à igreja de Corinto.

A DISTRIBUIÇÃO E A FUNÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS NA IGREJA

1. O Deus é soberano em seu modo de agir.
Não cabe a nós determinar a Deus que dons devemos ou queremos receber. Precisamos entender que os dons espirituais são distribuídos segundo a vontade soberana do Espírito Santo, e não conforme a busca, o querer ou a oração do crente: "Mas, um só e mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente" (1 Co 12.11).

2. Precisamos entender que nenhum crente tem todos os dons e que nenhum dom está presente em todos os crentes
(l Co 12.29,30). Por isso, não é bíblica, por exemplo, a idéia de que todos os crentes devem falar em línguas. O dom é de Deus, então cabe a Ele não a nós...

3. Além disso, nem todos os dons mencionados no NT possuíam aspectos miraculosos ou sobrenaturais.
Vários dons parecem, à primeira vista, muito mais aptidões naturais do que necessariamente carismas do Espírito. Por exemplo: ensino, exortação, liderança, serviço, administração, contribuição, hospitalidade, misericórdia. Com isso, não devemos negar que sejam carismas, mas precisamos contradizer a idéia generalizada de que dom espiritual é necessariamente o conjunto: língua, profecia, milagres e curas.

4. Nenhum dom espiritual é dado para causar divisão na igreja
(I Co 14.33). Se algum crente, por causa de um dom que diz possuir, está dividindo a sua igreja, então ele não está a serviço de Cristo, mas do Diabo, porque as inimizades, contendas, divisões, dissensões e partidos dentro da igreja são obras da carne e não frutos do Espírito (Gl 5.19·21). Paulo afirma que quem faz isso não herdará  o reino de Deus.

5. Os dons são distribuídos por Deus de acordo com os seus planos
para cada época e lugar.
Os dons de apóstolo e profeta, por exemplo, não mais se repetem hoje porque pertencem ao período inicial do cristianismo. Foram dons concedidos pelo Espírito enquanto ainda estavam sendo lançados os fundamentos do cristianismo (Ef 2.20; Lc 6.12-16; Ap 21.14). Ninguém hoje tem a autorização divina para se autointitular "apóstolo".

6. Devemos destacar que os dons foram dados "visando a um fim proveitoso" (1 Co 12.7), ou, em outras traduções, "para o que for útil".
Este fim proveitoso não deve ser entendido como algo útil para o indivíduo, mas como útil para o funcionamento e a edificação do corpo de Cristo (Rm 12.3-5; 1Co 12.12,14,18,27,28; Ef 4.12). Em Corinto, os dons espirituais em vez de edificarem a igreja, estavam destruindo união entre os irmãos. Estas são algumas instruções de Paulo quanto ao exercício do dom de línguas na igreja em Corinto, que resolveriam muitos dos problemas que, frequentemente, estão atrelados às manifestações carismáticas nos nossos dias. Tais instruções também deveriam ser seguidas hoje por todos aqueles que desejam ser coerentes com aquilo que o Novo Testamento preceitua.

CONCLUSÃO

É necessário afirmar que todos os dons espirituais só se entendem como carismas (presentes da graça de Deus) a partir da perspectiva do amor cristão, que é o maior de todos os dons, sendo também o único atemporal (1 Co 13). Cada um dos dons é uma forma variada de expressar este amor de Deus. Como afirma Russell Champlin: “Não devemos ter necessidade de escolher entre o amor e os dons, porque Deus quis que eles andassem juntos”.

terça-feira, 30 de abril de 2019

Estudo sobre oração


Orar, para quê? - estudo bíblico sobre oração
Quem ama Jesus ora! A oração aproxima mais de Deus e faz uma grande diferença na sua vida, trazendo muitas bênçãos. Não dá para viver como cristão sem orar. Descubra nesse estudo bíblico como suas orações podem afetar sua vida de maneira poderosa:

1. O que é oração?
Veja: Salmos 4:3

Orar significa falar com Deus. Quando você ora, você está invocando (chamando) Deus, para conversar com Ele.


2. Quando devo orar?
Veja: 1 Tessalonicenses 5:17 e Efésios 6:18

Orar deve ser uma coisa contínua. Você pode orar de manhã, de tarde, de noite, em casa, na escola, no trabalho, na rua, no chuveiro, sentado, deitado, de pé… Não precisa ser sempre alto, você também pode orar em silêncio. Claro, você vai pensar em outras coisas mas a Bíblia está falando sobre ter uma atitude de oração, lembrando de Deus constantemente e submetendo tudo a Ele.

Veja também: qual é o poder da oração?

3. Por que orar é importante?
Veja: João 14:13 e 1 João 5:14

A oração ajuda a ficar mais próximo da vontade de Deus. Quando você ora, você coloca sua atenção em Deus e submete sua vida a Ele, buscando Sua vontade. Quando isso acontece, Deus ouve e responde!

4. Como devo orar?
Veja: Mateus 6:5-7 e Mateus 6:9-13

Orar não é um espetáculo para agradar outras pessoas. Orar é uma conversa íntima com Deus. Você não precisa fazer orações elaboradas, com palavras complicadas, para agradar a Deus. Basta querer ter intimidade com seu Pai.


Jesus ensinou a oração do Pai Nosso como um modelo para quem está aprendendo a orar. Você não precisa repetir essa oração exatamente mas pode usá-la para fazer suas próprias orações. Na oração do Pai Nosso, você aprende a pôr a vontade de Deus em primeiro lugar, a fazer pedidos, a perdoar e pedir perdão e a buscar a proteção de Deus contra o mal.

Veja aqui mais sobre a oração do Pai Nosso.

5. Como a oração afeta minha vida?
Veja: Filipenses 4:6-7, Tiago 1:5, Tiago 5:15-16, Mateus 7:7-8

A oração pode transformar sua vida! Deus usa as orações para lhe abençoar com:

Paz
Sabedoria
Perdão
Cura
Respostas
Pratique a oração e converse com Deus ao longo do dia. Assim, sua vida vai mudar e Deus vai lhe abençoar com Sua presença, paz e sabedoria.

   
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Projeto de missão ajude essa obra.


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